Da redação do UOL
A Acqua Studio se inspirou na arquitetura do desconstrutivista Peter Eisenman para criar a coleção do inverno 2009. Muito menos arquitetônicos ou desconstrutivistas do que pareciam se propor, os vestidos, no entanto, parecem verdadeiros contos-de-fada, para serem usados pelas próprias (as fadas) numa noite de inverno quente. A cartela de cores emite aquele frescor de ventinho batendo no rosto, com azuizinhos, beges rosados (chamados de “pó-de-arroz”: o tom é esse mesmo), e modelos tomara-que-caia, com babados geométricos com forma de leque, plissados, muitos plissados. Os vestidos aos quais me refiro são os do início do desfile, feitos de gaze, levíssimos, às vezes marotos como o azul clarinho, mais seco na frente, e atrás abrindo em rabo como se fosse vestido rodado. As peças de tecido mais pesado não foram tão felizes, parecendo não tão bem acabadas como as primeiras.
http://estilo.uol.com.br/moda/album/acquastudioi09_album.jhtm
Já não é a primeira vez que o assunto é tocado nos desfiles de moda no Brasil.Na edição de Janeiro do ano passado da SPFW o caos da metrópole,e a sua influência na criação,foi o tema geral da edição.
Enquanto isso,na arquitectura de verdade,as modas Modernas ainda imperam nas pranchetas…
Isto leva-me a pensar nas fotos em que o Le Corbusier punha carros-novidade na época- em frente ás casas ecléticas do início XX para demonstrar o quanto aquela arquitectura estava defasada em relação à vida da sociedade.
Talvez,no caso específico brasileiro,para tirar a arquitectura do atraso de 30 anos em que está afundada,seja mesmo o caso, de se fazer um ensaio com a Gisele Bundchen vestida nas roupas da Acqua Studio,defronte da Casa das Canoas lol.